III Conferência Family Centered Care “A Comunicação na Saúde Infantil”
Dia 21 de maio de 2024 ficará marcado como um dia cheio de partilhas, trocas de experiências e muitos ensinamentos. Na nossa III Conferência Family Centered Care, foram 10 as intervenções apresentadas e moderadas pela Jornalista Conceição Lino, que, em diferentes perspetivas, reforçaram a importância da comunicação na saúde infantil.
O conceito que rege o nosso trabalho diário é: “Family Centered Care” (O cuidado centrado na família) “está alinhado com os valores e missão na educação de futuros profissionais de saúde” da Nova Medical School, como referiu a Dra. Helena Canhão que abriu a nossa Conferência e que tão bem nos recebeu em sua casa.
Como a nossa Diretora Executiva Marta Sousa Pires partilhou: “assentamos o nosso trabalho nos cuidados continuados de apoio à família (no antes, durante e depois) e e queremos apoiar cada vez mais famílias, reforçando esse apoio.”
A fundadora da primeira Casa Ronald McDonald no Mundo, a Dra. Audrey Evans, dizia quando questionada sobre a forma como se definia: “Someone who cares”. Como a Dra Maria João Lage, Neonatolgista no Hospital D. Estefânia e nossa Administradora partilhou neste dia: “em português este verbo em inglês CARE tem dois sentidos: o de se IMPORTAR mas, também, o de CUIDAR” o que resume bem o nosso trabalho diário.
“É essencial que as famílias participem nas tomadas de decisão, porque as famílias não são visitas na vida dos filhos, são parte da vida dos filhos e devem ser incluídos no tratamento da criança e nas tomadas de decisão.” Como referiu a nossa palestrante internacional Bev Johnson, Presidente e CEO do Institute for Patient- and Family-Centered Care, EUA.
A Professora Doutora Maria do Céu Machado falou-nos da empatia e da compaixão entre os profissionais de saúde, a criança e a família e de como os profissionais de saúde estão muitas vezes com fadiga de compaixão, sendo indiscutível que o local, o tempo, o tipo e forma de comunicação fazem toda a diferença.
Na mesa redonda contámos com um grupo de oradores refletiram sobre a comunicação no apoio à criança doente, em diferentes perspetivas.
As Associações de apoio aos pais das crianças e jovens com doenças crónicas têm um papel muito importante e diferenciador, como é o caso da Associação Atípicas que a Patricia Quintans fundou e da qual é Presidente. “O grande desafio para as famílias que têm filhos com doenças crónicas é o aceitar que é para a vida toda.”
“Os profissionais de saúde têm de ter sempre presente que a comunicação com as famílias deve ser empática e ponderada.”, quem reforçou esta ideia transversal durante toda a Conferência, foi a Dra. Carmen Carvalho, Neonatologista no Centro Hospitalar Universitário de Santo António.
Para Rita Espanha, Professora e Investigadora no ISCTE, “por muita informação que os pais procurem e encontrem, na sua maioria procuram saber a opinião do médico.” Referindo ainda que a literacia na saúde é um fator a ter em conta “uma família mais informada, tem mais facilidade em entender melhor aquilo que os profissionais de saúde querem comunicar e propor”.
“A importância da família para um cuidado de excelência durante e após a hospitalização da criança é uma prática, felizmente, em desenvolvimento e expansão no panorama nacional e internacional.” Como referiu o Dr. Rodrigo Sousa, Pediatra e membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Pediatria que congratulou o nosso trabalho, reforçando o apoio da SPP.
Muito obrigado a todos os convidados e a todos os participantes por tornarem esta conferência numa discussão e partilha de ideias para que cada um de nós nas suas diferentes áreas, possa “dar mais força às famílias com crianças e jovens doentes ou em tratamento hospitalar!